terça-feira, 22 de novembro de 2011

Serpentes

As cobras chamadas não-venenosas ou não-peçonhentas – cerca de 81% das espécies conhecidas – têm presas não-articuladas ou seja, produz um veneno que aflora em sua cavidade bucal e atua na digestão do alimento, mas não possuem presas inoculadoras para introduzir a peçonha na vítima.

Serpentes peçonhentas possuem cabeça triangular e pupilas verticais? - MITO
Na Europa e África, as serpentes peçonhentas podem ser identificadas por ter pupilas verticais e cabeça triangular, mas essa regra não se aplica na América do Sul, inclusive no Brasil. A jibóia tem cabeça triangular, mas não é peçonhenta, ao passo que a coral verdadeira é peçonhenta, mas não tem cabeça triangular.
No Brasil e em toda a América do Sul, a identificação só pode ser feita pela fosseta loreal, orifício localizado entre o olho e a narina que atua como uma visão infravermelha, capaz de perceber variações de calor num raio de até 5m e detectar a presença, tamanho, distância e movimentos de animais de "sangue quente" (aves e mamíferos). Com exceção da coral, todas as serpentes peçonhentas brasileiras possuem fosseta loreal.
A grande maioria das corais brasileiras apresentam anéis coloridos no corpo (vermelhos, amarelos, brancos e pretos). Algumas serpentes não-peçonhentas, conhecidas como falsas-corais, são muito parecidas com as corais verdadeiras. No Brasil e América do Sul, para não correr riscos, é melhor considerar toda serpente que possua fosseta loreal ou anéis coloridos no corpo como peçonhenta.

Acidentes com humanos
No Brasil de hoje, a cada ano registram-se cerca de vinte mil casos de acidentes por picada de cobra e destes, 110 evoluem para óbito – em 60% dos casos, devido a atendimento tardio. Geralmente as cobras picam do joelho para baixo. Outros 20% dos acidentes ocorrem nas mãos e braços, ao se enfiar as mãos em tocas, troncos ocos, cupinzeiros ou outros locais que possam abrigar animais peçonhentos.

Medidas preventivas
- Uso de botas de cano alto evita 75% dos acidentes. Antes de calçá-las, é bom verificar se não há cobras, aranhas ou escorpiões escondidos.
- Não manipular intencionalmente cobras que possam ser venenosas, a menos que se seja um especialista treinado. Presas extraídas voltam a crescer e mesmo serpentes mortas há horas – ou mesmo suas cabeças decapitadas – podem, por reflexo, picar e injetar veneno.
- Quintais, plantações e terrenos que acumulam lixo e vegetais podres atraem ratos, e ratos atraem cobras.
- Desmatamentos e queimadas também podem provocar mudanças nos hábitos dos animais, que acabam buscando refúgio em celeiros, paióis e dentro das casas.

CURIOSIDADE
A lenda que diz que certas cobras mamam leite nas vacas deve-se ao fato de que estas caçam os ratos que vivem em estábulos. Assim, é mais fácil ser picado por uma cobra em um sítio mal cuidado ou dentro de uma cabana cheia de ratos do que na selva.

Tipos de dentição: 
Ø Áglifa: dentes maciços. Não inoculam veneno. Exemplos: sucuri, jibóia, etc.
Ø  Opstóglifa: possuem um ou mais pares de dentes posteriores ao maxilar superior, com sulcos por onde escorrem o veneno. Exemplo: falsa coral, muçurana, etc.
Ø Proteróglifa: possuem presas anteriores caniculares, por onde pode escorrer o veneno. Exemplo: coral verdadeira e serpentes marinhas.
Ø  Solenóglifa: possuem grandes presas anteriores dotadas de canal central, por onde passa o veneno. Exemplo: cascavel, jararaca, surucucu, urutu, etc.








Fotos - Fonte: www.cevap.com.br









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