terça-feira, 22 de novembro de 2011

Artrópodes - Aranhas

Na cabeça têm dois pares de apêndices: as quelíceras, em forma de ferrão, e os pedipalpos (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular alimentos. A boca fica entre os palpos. As que são consideradas de interesse médico são do gênero Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (aranha armadeira) e a Latrodctus (viúva-negra).

- Aranha armadeira (Phoneutria sp.): as aranhas armadeiras possuem esse nome porque quando ameaçadas assumem uma postura ameaçadora, apoiando-se com as patas traseiras e mantendo as duas dianteiras levantadas, numa posição de bote. Pode ser encontrada em lugares escuros, cachos de bananas, sapatos, vegetação, etc. Pode ser reconhecida pela sua cor cinza ou castanho escuro, corpo e pernas com pêlos curtos, perto dos ferrões os pêlos são vermelhos e atingem até 17cm de comprimento quando adultas (incluindo as pernas).
            As aranhas armadeiras têm um veneno super potente, que tem efeito neurotóxico e cardiotóxico. Uma mínima quantidade é capaz de até mesmo causar a morte em poucas horas, dependendo da espécie animal. Quando o indivíduo é picado apresenta diversos sintomas que podem ajudar a identificar a espécie. O local afetado geralmente fica com aspecto vermelho, inchado, apresentando sudorese. A pessoa pode manifestar ainda tonturas, visão turva, e em alguns casos vômitos. Pode ainda verificar uma aceleração nos batimentos cardíacos.            
            As pessoas que forem atacadas devem procurar com agilidade um posto que tenha profissionais capazes e medicamentos adequados para que seja revertida a situação a tempo de não causar danos maiores ao paciente. E sempre que possível levar  o aracnídeo junto com você dentro de alguma vasilha hermeticamente fechada.

- Aranha marrom (Loxosceles sp.): É considerada uma aranha doméstica, ou seja, vive entre os seres humanos, não sendo exclusivamente silvestre. Por isso, os acidentes são, de certa forma, mais fáceis de ocorrer. Possuem cerca de 1,5 cm. Não são agressivas, picam somente quando são comprimidas ao corpo, como por exemplo, quando vestimos uma calça, um sapato, um boné, etc. É uma aranha que vive em teias irregulares (parecidas com um lençol de algodão) construídas em tijolos, telhas, barrancos, cantos de parede, etc. Os acidentes são raros, porém geralmente são graves. A picada provoca dor semelhante à queimadura de cigarro, e algumas horas após, edema local e necrose. Pode apresentar mal estar geral, náuseas, febre e, ocasionalmente, urina cor de coca cola.
Tratamento: soroterapia.

- Aranha viúva-negra (Latrodectus sp.): são aranhas pretas com manchas vermelhas no abdome. As fêmeas têm de 2,5 a 3 cm e os machos podem ser de 3 a 4 vezes maior. Vivem em teias construídas em vegetações rasteiras, arbustos, barrancos, etc. Para as espécies brasileiras de viúva negra, não são produzidos soros, pois os acidentes são raros e geralmente são de média ou pouca gravidade.

- Aranha de grama (Lycosa sp.): possuem cor acinzentada ou marrom, com pêlos vermelhos perto dos ferrões e uma mancha escura em forma de flecha sobre o corpo. Vive em gramados e residências. São freqüentes os acidentes, mas não são graves.

- Aranha caranguejeira (Trechona sp.): As famosas caranguejeiras assustam pelo seu tamanho, mas são dóceis e seu veneno não é tóxico para humanos. Algumas pessoas as têm como animal de estimação, mas isso não é recomendado. Apesar de não terem um veneno muito tóxico, estas aranhas possuem a região dorsal do abdômen revestido por pelos (cerdas) urticantes. Quando se sentem ameaçadas as caranguejeiras podem raspar as patas traseiras no abdômen e liberar estes pelos, que podem atingir os olhos, causando lesões, ou a pele, provocando irritação e coceira.




Fotos - Fonte: www.cevap.com.br

PRIMEIROS SOCORROS - ARTRÓPODES
Geralmente os acidentes com aranhas, escorpiões ou lacraias são de baixa gravidade. Manobras como sucção do veneno ou espremer o local da picada não possui efeito algum. Geralmente, picadas desses artrópodes provocam apenas dor local, intensa ou moderada. Em caso de acidentes com menores de 7 anos de idade ou pessoas debilitadas, o procedimento mais indicado é o socorro no Hospital Vital Brasil, do Instituto Butantan.

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