terça-feira, 22 de novembro de 2011

Serpentes mais conhecidas

      Existem quatro gêneros de serpentes peçonhentas: a Jararaca, a Cascavel, a Surucucu e a Coral Verdadeira.
- Jararaca (Bothrops sp.): é uma serpente que habita o Cerrado e regiões de matas ciliares e seu veneno é do tipo proteolítico (ação necrosante). Sua picada provoca inchaço, vermelhidão, necrose do tecido e pode surgir hemorragia que pode levar à insuficiência renal e, conseqüentemente, a óbito. O único tratamento para a picada desse animal (como das demais serpentes) é o soro antiofídico. A vítima que sofrer um ataque por serpentes peçonhentas deve ser removida com calma do local do acidente (porque maior agitação faz com que o veneno se espalhe com mais rapidez) até uma unidade de saúde.

- Cascavel (Crotalus sp.):  tem como habitat o Cerrado, mas também freqüenta áreas próximas a plantações de grãos. Essas plantações são locais de moradia de ratos e outros roedores, alimento preferido desse tipo de serpentes. Na zona rural, se houver ratos no interior de uma residência, pode acontecer de uma serpente invadir o local a procura de seu alimento favorito. Os ataques por parte de cascavéis são em menor número do que os da Jararaca por um motivo: as cascavéis avisam, antes de atacar, tocando o seu famoso guizo (chocalho) localizado no fim da cauda.
O veneno da cascavel é neurotóxico, atacando o sistema nervoso central. O veneno provoca paralisia da musculatura, microcoágulos do sangue e também insuficiência respiratória e renal, podendo levar à morte.

- Surucucu (Lachesis SP): ocorre com mais freqüência na região Amazônica e é considerada a maior serpente venenosa da América do Sul, podendo chegar a 3,5 metros. O veneno da surucucu é tanto neurotóxico como proteolítico. Oberdan Coutinho disse que “é como se a pessoa fosse picada por uma jararaca e uma cascavel, ao mesmo tempo”.

- Coral verdadeira (Micrurus sp.): é a serpente que possui menos registro de acidentes porque ela habita galerias subterrâneas e cupinzeiros. Outro fator que faz com que o número de acidentes causado por Corais seja pequeno é a localização muito recuada, dentro da boca do animal, do dente que inocula o veneno na vítima. Porém, se a serpente conseguir picar um humano, o acidente é de alto risco à vida, atacando o sistema nervoso central, e pode ser letal.

São chamadas de cobras não-peçonhentas as cobras que não possuem os chamados dentes inoculadores de veneno, ou seja, ainda que possuam o veneno, mas não têm a presa necessária para injetar esse veneno em suas vitimas.
As principais serpentes não-peçonhentas são:
- Jibóias: são carnívoras, alimentam-se de aves e roedores de pequeno e médio porte e lagartos. Tem hábitos noturnos. Podem atingir 4 m. Possuem esporões (resquício de cintura pélvica) - "unhas móveis" para segurar a fêmea durante a cópula.
- Muçuranas: são ofiófagas, ou seja, se alimentam de outras cobras, inclusive as peçonhentas. Mede até 2,40 m.
- Sucuris: alimentam-se de veados, peixes, capivaras, tartarugas, jacarés e até de bezerros. Em raros casos, homens. Atingem no máximo 10 m.
- Caninanas: alimentam-se de pequenos pássaros, pintinhos e camundongos. É agressiva, apesar de não venenosa.
- Corais falsas: têm hábitos noturnos e subterrâneos. Alimentam-se de filhotes de pássaros, insetos (especialmente gafanhotos) e de pequenos roedores.
Algumas espécies, como jibóias e sucuris matam suas presas por asfixia, visto que se enrolam ao redor do corpo da vítima. Matam por constrição e engolem a presa inteira sem mastigação. Todo o processo de digestão acontece no estômago.
Acidentes com cobras não-peçonhentas podem acontecer, já que uma mordida pode causar inflamação local e muito prurido.


Fotos - Fonte: www.cevap.com.br

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